SEO: como otimizar seu conteúdo para aumentar o tráfego e vender mais
SEO não é uma estratégia a curto prazo, mas os benefícios compensam o investimento. Antes de te dar as dicas pra otimizar seu conteúdo, aumentar o número de acessos e com isso até gerar mais vendas no seu site, têm alguns dados que você precisa saber.
O Brasil está entre os cinco mercados mais relevantes para o Google e, um estudo recente, revelou que o nosso pais foi o segundo que mais gerou tráfego para a empresa no último trimestre de 2020, com 92.58% das pessoas utilizando a ferramenta de busca.
Contra dados não há argumentos! Trabalhar o SEO do seu site para alcançar posições de destaque no Google é um fator essencial para otimizar sua estratégia de marketing. E para começar essa tarefa com excelência, o primeiro passo é entender as necessidades, dores e interesses do seu público-alvo.
Mas só isso não basta porque a concorrência na internet é gigantesca. Então você precisa ir além. Confira essas dicas para saber como melhorar o SEO do seu site de uma vez por todas.
Seja assertivo na hora de escolher as palavras-chave
Existem dois tipos de palavras-chave: head tail que são termos mais curtos e as de cauda longa ou long tail que são aquelas formadas por três palavras ou mais. Cada uma delas tem uma efetividade e um objetivo diferente.
De acordo com Laura Machado, Analista de SEO da Zoly, um termo head tail é mais genérico e comum em pesquisas de topo de funil. Um exemplo disso é a palavra “batom” sem nenhum outro complemento. Já uma palavra-chave long tail é um termo de busca mais específico e é mais indicada para estratégias de fundo de funil. Para transformar uma palavra head tail em long tail é preciso acrescentar mais definições a ela, como nesse exemplo: “batom MAC Russian Red”.
Tanto as palavras-chave head tail quanto as long tail são importantes, e para usá-las da melhor forma possível você precisa ter clareza na finalidade da sua estratégia. Laura, explica:
“As keywords head tail podem trazer mais pessoas para o site ou blog, pois têm um alto volume de buscas – o que pode também significar maior concorrência, mas não necessariamente mais conversões. Por outro lado, as palavras-chave de cauda longa têm um volume de busca menor, mas a intenção da pesquisa já é diferente. A pessoa já sabe o que está buscando e está muito mais propensa a comprar do que quando procura um termo genérico”.
Cuidado com o Latent Semantic Indexing
Palavras-chaves são importantes, mas não adianta você tentar enganar o Google repetindo o mesmo termo excessivamente. O Latent Semantic Indexing (LSI) está de olho nessa má prática.
O LSI é como chamamos o método de análise e classificação que o Google utiliza para estabelecer relações semânticas entre palavras de um mesmo conteúdo. Isso faz com que, não só as palavras-chave sejam levadas em consideração, mas suas variações também.
“É importante entender que o uso da palavra-chave não precisa ser exatamente da forma como ela é pesquisada pelo usuário. Por exemplo, é comum que as pessoas façam buscas como “skincare pele oleosa” e não “skincare para pele oleosa” ou ainda podem buscar sem um acento, um cedilha ou um til, mas não é necessário usar essas keywords exatamente dessa maneira para que os mecanismos de buscas entendam. O Google compreende o campo semântico dos termos trabalhados no texto”, afirma Laura.
Então, quando você estiver fazendo uma pesquisa de palavra-chave para sua estratégia digital é interessante selecionar keywords secundárias para complementar o tópico principal, e aqui vai uma dica para fazer isso bem feito: leve em conta o comportamento dos usuários para os quais o conteúdo está sendo produzido. A Analista de SEO da Zoly dá um exemplo:
“Para um texto de blog cuja palavra-chave principal é “lábios ressecados”, podemos pensar em palavras-chave secundárias como “cuidados com os lábios” ou ainda “como hidratar os lábios”. Essa estratégia ainda vem com um bônus: uma mesma página pode ser posicionada na ferramenta para buscas diferentes, tanto para as keywords mapeadas e trabalhadas, quanto para termos relacionados, tendo em vista que o Google entende o campo semântico”.
Link Building ainda vale a pena
Se engana quem pensa que link building é uma estratégia que caiu em desuso. Pelo contrário, o direcionamento de links, tanto para conteúdos internos como externos, ainda é um critério relevante no posicionamento de páginas, porque confere credibilidade e autoridade para o site que é indicado.
A estratégia de link building também facilita o trabalho do Google na indexação de páginas, como ressalta Laura:
“A linkagem ajuda os crawlers (rastreadores usados pelos buscadores para “varrer” a internet e indexar os sites) a chegarem a novos sites ou páginas. Uma página que recebe poucos links ou que não possui nenhum link interno, por exemplo, é muito mais difícil de ser encontrada por um crawler e pode acabar nem sendo indexada”.
Assim como outras estratégias, o link building tem as suas boas práticas, mas o primordial é produzir um conteúdo de qualidade. “Se o seu site oferecer conteúdo que agrega valor, ele será naturalmente compartilhável”, reforça Laura.
Aqui vão mais algumas dicas da nossa Analista de SEO:
- Faça linkagem interna, conectando páginas do seu próprio site;
- Analise os links recebidos pelo seu site e use a ferramenta de rejeição de links do Google para remover links tóxicos;
- Examine e compare os backlinks que os seus concorrentes recebem com os seus. Essa é uma forma de encontrar oportunidades de melhoria;
- Identifique menções da sua marca que estão sem link e entre em contato com o(s) site(s) para verificar a possibilidade de adicionarem um link;
- Detecte links quebrados que tenham a ver com o seu negócio e ofereça ao(s) site(s) um conteúdo seu que possa substituí-lo.
É preciso ter cuidado na hora de colocar em prática todas as ações mencionadas acima, porque, dependendo de como você fizer, o Google pode classificar a atividade como um tipo de manipulação, e seu site pode ser penalizado ao invés de conquistar um melhor ranking com o SEO.
Falando em penalidade, Laura também deu exemplos de algumas atividades que devem ser evitadas a todo custo, são elas:
- Compra ou venda de links;
- Fazer trocas de links em excesso;
- Utilizar links com texto âncora otimizado em releases ou artigos distribuídos em sites de terceiros.
SEO não é só texto
Para quem pensa que conteúdo é só textual fica a dica: o Google também leva as imagens em consideração, elas podem SIM ser indexadas e aparecer nos resultados de busca.
Quando você salvar uma imagem para colocar no seu site lembre-se que o nome desse arquivo precisa ser composto por algumas palavras-chave. Evite nomes de arquivos genéricos que não dizem nada como “unnamed.jpg” ou “IMG123.jpg”. Ao invés disso você pode fazer referência ao produto que está na foto “creme para pele seca da marca X”.
Além disso, é importante descrever a imagem no alt text, encaixando a palavra-chave de destaque. “É assim que os mecanismos de busca “enxergam” as imagens e é também uma forma de tornar seu conteúdo mais acessível, pois é a partir do alt text que os leitores de telas descrevem as imagens para deficientes visuais”, salienta Laura.
Sobre o formato da foto é interessante tomar cuidado para não subir um arquivo que tenha uma dimensão de pixels maior do que seu site suporta. Vale prestar atenção também nos formatos que são aceitos pelo Google e utilizá-los. Anota aí para não esquecer: BMP, GIF, JPEG, PNG, WebP e SVG.
E antes de fazer o upload não se esqueça de compactar os arquivos. “Imagens pesadas tornam o seu site mais lento, prejudicando os resultados orgânicos e a experiência do usuário”, ressalta Laura.
Use os Dados Estruturados e torne seu site mais “encontrável”
Por fim, mas não menos importante, chegou a hora da gente falar dos dados estruturados ou microdados. Eles constituem um tipo de programação que possibilita que os mecanismos de busca do Google encontrem, entendam e classifiquem o conteúdo de uma página com mais facilidade.
“Os dados estruturados são uma maneira de nos comunicar com o Google e tornar mais assertiva a forma como as páginas são entendidas e como elas aparecem nos resultados de busca. Só isso já é um “ganha-ganha”. É positivo para nós, profissionais de SEO e donos das marcas, para o buscador que tem seu trabalho facilitado e para o usuário que encontra esse resultado”, explica Laura.
Existem diversos tipos de dados estruturados que indicam o assunto de um conteúdo. Alguns deles são: artigo, curso, FAQ, receita, avaliações e classificações, negócios locais, eventos etc. Veja um exemplo da identificação do conteúdo referente a um curso no html de um site:
“Apesar de não ser um fator de ranqueamento, sites que usam dados estruturados ficam mais em destaque, o que pode levar a um aumento do CTR e, indiretamente, ao alcance de uma posição melhor na página de resultados. Outro benefício do uso de microdados é que o usuário consegue visualizar sobre o que se trata o seu conteúdo antes de clicar na página. Isso ajuda no processo de refinamento de usuários, ou seja, você tem mais chances de trazer visitas de pessoas que realmente estão procurando pelo seu conteúdo ou pelo seu produto”, finalizou Laura.
Agora que você já conhece algumas das boas práticas de SEO, tá esperando o que pra reformular seu site, melhorar seu tráfego e aumentar suas vendas?