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Black Friday e Educação: essa conta fecha?

Por: Mari Sampaio
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Diversos setores da economia tiveram que readequar suas estratégias de marketing em função da pandemia, a Educação foi um deles. Mesmo com os altos e baixos que a Covid-19 trouxe, ainda dá tempo de reverter esse cenário, aproveitando uma das datas mais importantes para o varejo e para o mercado em geral: a Black Friday.

De acordo com Guilherme dos Anjos, Head da Indústria de Educação no Google, a Black Friday pode ser uma oportunidade muito boa para o setor de ensino:

“A indústria da Educação precisa se reinventar para não ficar defasada no seu ciclo de captação de alunos, em função da pandemia e do adiamento da prova do Enem”, destacou.

Nesse contexto, o Diretor do Google citou três motivos pelos quais as instituições de ensino devem apostar na Black Friday. Vamos a eles!

1 – Demanda represada X oportunidade à vista

Por causa da pandemia, 400 mil estudantes adiaram a sua intenção de se matricular em 2020.

A boa notícia é que o ensino à distância (EAD) pode contribuir para a retomada das matrículas. Segundo a pesquisa da Educa Insights, as projeções de crescimento nessa modalidade são de 8.3%.

2 – Garantir a antecipação de matrículas

Esse ano, 65% da captação de matrículas do primeiro trimestre aconteceu depois da publicação da nota do Enem.

Sem o pico do Enem em janeiro, em consequência ao adiamento da prova, é muito arriscado as instituições de ensino superior esperarem até abril para realizarem a maior parte das suas matrículas. Por isso, nesse momento, as faculdades e universidades têm uma missão fundamental e que pode fazer toda a diferença:

“Utilizar a sua reputação aliada à melhor oferta para conquistar esses alunos antecipadamente”, como indicou Guilherme dos Anjos.

3 – Novas expectativas do consumidor pós-covid

A pandemia fez com que o consumidor se familiarizasse ainda mais com o digital, trazendo novas expectativas para o ambiente online. O mercado de Educação, que já vinha apresentando crescimento constante em associação à Black Friday, pode encontrar uma nova porta de captação, como ressaltou o Head de Varejo do Google.

“O consumidor está cada vez mais digital e já espera ofertas de categorias diferenciadas na Black Friday, como de serviços e de saúde. A Educação está entre essas categorias”.

Aliado a isso, a pesquisa da Educa Insights constatou que 25% dos entrevistados tem interesse em comprar algum produto de Educação Superior na Black Friday.

Essa tendência de associar a data com ofertas na área da Educação pode ser notada também nas buscas dos usuários no Google.

“Observamos dois fenômenos interessantes quando analisamos a relação de busca “Ensino Superior” e “Black Friday”. Em 2017, depois de uma captação fraca de 2016, vimos um pico de buscas conjuntas pelos temos “Black Friday” e “Educação Superior“. Em 2019, observamos esse mesmo fenômeno, só que com uma particularidade mais interessante: percebemos que essa procura aconteceu com um pouco mais de antecedência, porque algumas instituições já começaram a aproveitar a Black Friday como um gancho de captação de alunos”, contou Guilherme dos Anjos.

Mas como transformar a Black Friday em uma oportunidade para conquistar novos alunos? Te contamos a seguir!

Abandone o preconceito e foque na abordagem

O grande desafio aqui é que as instituições de ensino precisam deixar de lado o preconceito de que a Black Friday é exclusivamente uma ação do setor varejista, como afirmou Luiz Foureaux, Diretor Executivo de Marketing e Vendas na Vitru.

“Esse preconceito com a Black Friday precisa ser desmistificado no setor da educação. Não é porque você está dando desconto, que você está vendendo algo ruim. […] Existem formas diferentes de aproveitar as oportunidades do mercado”.

Na Black Friday as pessoas ficam mais propensas a comprar e procuram por produtos que consideram mais interessantes, então, por que o seu curso não pode ser um desses objetos de busca?

De acordo com Luiz, nesse cenário de ofertas, é preciso apresentar a Educação de uma maneira nobre para o público-alvo, enfatizando o benefício e não o desconto em si. O Diretor deu um exemplo do que o grupo Educacional que trabalha fez na última Black Friday:

“A educação transforma a vida das pessoas, então construímos o seguinte posicionamento: no mês das grandes ofertas invista em você. O foco principal não era o desconto em si, e sim o investimento que a pessoa faria nela mesma”.

Com essa abordagem, a instituição de ensino conseguiu 33% a mais de inscritos para o vestibular em relação à média das outras campanhas feitas no restante do ano.

Esse é só um exemplo que mostra que é possível criar ações na Black Friday para o setor de Educação, basta escolher a abordagem certa.

Agora só depende de você. Vai deixar essa oportunidade passar ou vai abolir o preconceito e criar uma estratégia matadora?

(*) Bianca Borges é Analista de Comunicação Sênior da ZOLY. Jornalista, formada pela Universidade Anhembi Morumbi, possui experiência nas áreas de Conteúdo, Assessoria de Imprensa e Gestão de Mídias Sociais. Gosta de escrever sobre diversos assuntos mas, atualmente, seu foco é o Marketing Digital e Data Business.

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